sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Desabafo III

Sabe, eu não queria muita coisa de você.

Me contentaria com sua companhia agradável, nossas conversas, um vinho, observar o mar... mas não sem carinho, afeto. Não consigo mais. Não consigo nem mais olhar para você nos olhos, na verdade, pois parece que é proibido.

Antes de dormir é que eu sinto sua falta e fico triste. Todos os dias é assim antes de dormir; então viro para o outro lado, ignorando meus sentimentos e inventando outras estórias em minha mente, até o sono vir e eu ir embora com ele.
Mas eu não queria ir embora, na verdade.Eu não queria ir a lugar nenhum.

Queria apenas o que você não quer me dar. E eu mato todo dia um pouco de esperança, um pouco de amor, um pouco de confiança, poesia... um pouco de tudo de mais bonito que sinto por você. 

Talvez quando tudo estiver morto de verdade, eu possa virar as costas e não mais voltar. E quando você perceber, será tarde demais.

~

Explicando o inexplicável

Não puxo assunto, porque me pergunto o motivo que me rodeias.

Esse jeito meio bicho-grilo com responsabilidade é o que me confunde, me cativa.

Não há graça se não houver mistério, se tudo parecer ensaiado, com respostas prontas.

Enquanto não forem encontradas as palavras certas, o melhor é o silêncio.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Lunático

Sonhos doces
sonhos azuis
suaves como a seda
belos como a luz

Vou seguindo
os sentidos inebriados
Ouvindo canções, 
poesias

E se eu acordar?
E se eu não quiser acordar?
Haverá, pois, como acordar?



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Destino

Cansei das peripécias da vida
Deste tal de esperar 
[a Dona Felicidade que insiste em não chegar
Tempos difíceis

A luta não cessa
É dor da alma aqui
Machucado na pele acolá

Isso precisa mudar
Isso precisa mudar
[...]