terça-feira, 10 de abril de 2012

Vitrine

(In)sanidade, cheiro, voz
Presos ao subjetivo da mente
Trancados no escuro do tempo
Pensamentos que voam
Olhos que cegam
Sopros que apagam
Vida que morre





quinta-feira, 5 de abril de 2012

Relatos de um Bar

Houve uma época em que a minha casa se chamava Taliesyn. Minha, da Buh e da Gabe. Nossa.
Nossa! Em meio a paredes coloridas, enfeitadas com quadros da mais pura estirpe dos gigantes 60's, assoalho, luz baixa, mesas e cadeiras de genuínas madeiras mostrando que voltar ao tempo é possível, foi belo.

Éramos três Pennylanes, carimbadas, trio ternura!

Conhecemos gente, apelidamos pessoas sem nome que também batiam ponto na caderneta, bebemos, rimos, dançamos. Apreciamos cenas inusitadas, danças contemporâneas, jogos de xadrez, jogos da verdade. Fizemos arte com bolachas de cerveja! Várias delas...devem existir ainda, ao menos na memória.

Venom, bebidinha infernal = R$ 2,50
Será que bebemos?  4 doses, 10 pila! Nunca soubemos a fórmula. Nunca ganhamos uma garrafa de Jack Daniels. Frustração. Me lembro do gosto peculiar, com notas de abacaxi (tinha abacaxi?)

Cai por terra, por vezes, no sofá vintage envolto na capa roxa, no baú (sim, abri o baú... tinha travesseiros e coberta para aninhar alguém), na mesa, na escada.

Podíamos ficar onde quiséssemos. Éramos livres para criar, éramos livres para ser. Presenciamos a subjetividade de cada ser e o respeito as diferenças alheias. Não julgávamos: riamos de situações. Estar certo era estar errado. Estar errado era o certo. Cada um e seus universos independentes.

Me perdi. Me encontrei. Me afastei. Me ajudaram a voltar. Conversei sobre morte (me chamaram de sábia, ganhei uma cerveja), sobre vida, sobre sexo. Quase casei o pica-pau com a cabeça de manequim (Ritinha o nome dela, confere?), mas me perguntaram lá pelas tantas se ela não seria muito cabeça para ele.

E foi assim: filosofias filosofais, cervejas, pastelão de camarão, pão McCartney, velas, fumaça.. all night long, all friday night, all satuday night live!

Música como entorpecente principal.



terça-feira, 3 de abril de 2012

Cordas

E eu ouvi as cordas
vi os flashes
meu filme!
Lembrei
Sorri
Chorei
Mas eu Vivi.
E continuo vivendo
Sobrevivendo
Sobre viver

domingo, 1 de abril de 2012

Simples assim!

Quem quer procurar, procura

Se a vontade é mais forte que o orgulho,
ir atrás não é um problema, não é vergonha.
É ter coragem de assumir vontades.


Quem quer ser achado, se faz achar

Estar disponível, ocupado, invisível...tanto faz!
A vida real  também é feita de status, altos e baixos
E em ambos os casos  a decisão é sua de se fazer presente, mesmo ausente.



Só é abandonado o que quer ser abandonado

É assim mesmo: ambíguo.
Só há abandono se o sujeito ativo quiser abandonar
Só há abandono se o sujeito passivo quiser abandonar-se
Não é um regra, mas diz bastante coisa.

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